Moradores de Várzea Grande protestam por falta de água: duas manifestações registradas
RZEA GRANDE (MT) — A cidade de Várzea Grande viveu uma noite tensa nesta sexta-feira (25), com moradores realizando manifestações em dois pontos distintos.

Os protestos ocorreram no Condomínio Chapada dos Buritis, no bairro Alameda, e em frente à fábrica de bebidas Marajá. Ambos os grupos reivindicam soluções para o recorrente problema de abastecimento de água.
Condições críticas no Chapada dos Buritis
No Condomínio Chapada dos Buritis, os moradores alegam estar há mais de seis meses com abastecimento intermitente. Mesmo com os pagamentos ao Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG) em dia, o fornecimento continua irregular. Devido à situação, os residentes têm sido obrigados a contratar caminhões-pipa particulares, gerando um custo coletivo que ultrapassa os R$ 30 mil mensais.
Segundo moradores, a situação tem afetado a rotina de centenas de famílias, dificultando tarefas básicas do dia a dia como cozinhar, lavar roupa ou tomar banho. O condomínio já acionou a Justiça, que determinou o restabelecimento do abastecimento, mas, até o momento, não houve solução efetiva.
Protesto em frente à Marajá
O segundo foco de manifestação ocorreu em frente à fábrica de bebidas Marajá. Moradores da região interditaram trechos da via e atearam fogo em pneus e galhos, exigindo medidas imediatas por parte da administração municipal. Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros estiveram no local para controlar a situação e garantir a segurança.
Resposta da Prefeitura e do DAE
Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Várzea Grande decretou estado de calamidade pública devido à crise hídrica. A medida permite a adoção de ações emergenciais, como a contratação de caminhões-pipa e manutenções nas estações de tratamento. Também foi criado um Comitê de Crise, com representantes das 21 secretarias municipais, para coordenar os esforços de enfrentamento ao problema.
O DAE/VG informou que vem atuando em diversas frentes para tentar normalizar o abastecimento, mas reconhece a complexidade da situação. Segundo o órgão, a seca severa, o crescimento urbano acelerado e falhas estruturais na rede de distribuição estão entre as causas da crise.
Impacto social
O impacto para a população tem sido profundo. Em outros bairros, como o São Benedito, há relatos de famílias utilizando água da chuva para suprir as necessidades básicas. Escolas, comércios e unidades de saúde também têm enfrentado dificuldades operacionais por falta de água.
Conclusão
Enquanto as manifestações refletem o desespero da população, a situação segue sem uma solução definitiva. A Prefeitura de Várzea Grande promete acelerar as obras e reestruturações no sistema de abastecimento, mas a população cobra mais agilidade e transparência.
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