Crise Hídrica em Várzea Grande: Bairro Paiaguás no Epicentro da Falta de Água e Debate sobre Privatização do Saneamento
Moradores enfrentam escassez de água, enquanto autoridades discutem soluções estruturais e parcerias público-privadas para resolver o problema.

A cidade de Várzea Grande, em Mato Grosso, enfrenta uma grave crise hídrica, com o bairro Paiaguás sendo um dos mais afetados. Moradores relatam semanas sem abastecimento regular de água, o que tem gerado protestos e bloqueios de vias, como forma de chamar a atenção das autoridades para a situação crítica.
Fatores que Agravam a Crise
Diversos fatores contribuem para a escassez de água na região:
Furtos de Equipamentos: Ações criminosas têm comprometido o funcionamento das estações de tratamento de água (ETAs), interrompendo o abastecimento em diversas regiões.
Infraestrutura Precária: A rede de distribuição de água é antiga e apresenta frequentes vazamentos e rompimentos, dificultando a manutenção de um fornecimento contínuo e eficiente.
Modelos de ETAs Inadequados: As estações de tratamento existentes não são as mais adequadas para lidar com as características específicas da água do Rio Cuiabá, principal fonte de abastecimento da cidade.
Falta de Saneamento Básico: A ausência de investimentos em saneamento básico agrava a situação, contribuindo para a contaminação dos recursos hídricos e dificultando a distribuição de água potável.
Posicionamento das Autoridades
A prefeita Flávia Moretti reconheceu a gravidade da situação e apontou a privatização do Departamento de Água e Esgoto (DAE) como uma solução viável para resolver os problemas estruturais e operacionais do sistema de abastecimento. Ela destacou que a Parceria Público-Privada (PPP) é a melhor opção para findar o problema, lembrando que o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal possibilita a participação da iniciativa privada.
O vice-prefeito Tião da Zaeli também se manifestou sobre a crise hídrica, destacando que a cidade não tem estrutura básica de abastecimento e que é necessário um levantamento técnico completo para identificar as reais necessidades de Várzea Grande. Ele enfatizou que a crise hídrica precisa ser tratada como prioridade e que é fundamental o comprometimento de todas as esferas para garantir que a população tenha acesso adequado à água potável.
Medidas Propostas
Parceria Público-Privada (PPP): A prefeita defende a concessão do DAE à iniciativa privada, visando atrair investimentos para modernizar a infraestrutura e melhorar a eficiência do serviço.
Reestruturação da Rede de Distribuição: Há a necessidade de substituir as tubulações antigas por novas, mais resistentes e adequadas às demandas atuais da população.
Combate ao Vandalismo: A administração municipal está intensificando ações para prevenir furtos e vandalismo nas instalações do sistema de abastecimento.
Perspectivas dos Especialistas
Investimentos e Universalização do Serviço
Especialistas apontam que a entrada do setor privado pode acelerar os investimentos necessários para a expansão e modernização da infraestrutura de saneamento. A Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON) argumenta que a participação privada é essencial para alcançar as metas de universalização estabelecidas pelo novo marco legal.
Eficiência Operacional
Estudos indicam que empresas privadas tendem a apresentar maior eficiência operacional em comparação às públicas. Segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil, municípios com concessões privadas registram menores índices de perdas de água e maior cobertura de coleta e tratamento de esgoto.
Um dos principais pontos de preocupação é o impacto da privatização nas tarifas de água. Há receios de que a busca por lucro possa resultar em aumentos tarifários, tornando o serviço menos acessível para populações de baixa renda. Especialistas enfatizam a necessidade de uma regulação eficaz para garantir tarifas justas e a continuidade do atendimento universal.
Regulação e Fiscalização
A eficácia da privatização está diretamente ligada à capacidade de regulação e fiscalização por parte do poder público. É fundamental que existam agências reguladoras independentes e bem estruturadas para monitorar o cumprimento dos contratos e assegurar a qualidade dos serviços prestados.
Conclusão
A crise hídrica em Várzea Grande é resultado de décadas de negligência e falta de investimentos adequados. A atual gestão propõe medidas estruturais e parcerias com a iniciativa privada como caminhos para superar os desafios e garantir o acesso à água potável para toda a população.
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