Lançado oficialmente no início de março, o programa Fila Zero, criado pelo Governo do Estado de Mato Grosso em parceria com a Prefeitura de Várzea Grande e o Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisvarc), tem como principal objetivo zerar a fila de espera por cirurgias eletivas, consultas e exames de média e alta complexidade.

Apesar de sua estrutura ainda estar sendo ampliada, o programa já vinha sendo executado na prática antes mesmo da assinatura do contrato com o Hospital Santa Rita. Cirurgias de catarata, laqueaduras, exames de imagem e atendimentos oftalmológicos foram realizados em diferentes unidades de saúde e clínicas conveniadas, beneficiando dezenas de pacientes, alguns deles em situação crítica e há anos na fila.

Esses dados são públicos, foram divulgados oficialmente pela Prefeitura Municipal e podem ser comprovados por registros em boletins, redes sociais institucionais e reportagens anteriores. Um caso emblemático foi o da senhora de 107 anos que aguardava desde 2018 por uma cirurgia e foi finalmente atendida no início de abril — bem antes da formalização do contrato com o Hospital Santa Rita.

🚨 Sensacionalismo não é jornalismo

É lamentável que alguns portais locais utilizem manchetes sensacionalistas com o único intuito de gerar cliques e descredibilizar políticas públicas que estão sendo implementadas com seriedade. Ao afirmar que “só agora o programa saiu do papel”, tais veículos ignoram a atuação de dezenas de profissionais de saúde e servidores públicos que têm trabalhado diariamente para dar andamento ao Fila Zero.

A assinatura do contrato com o Hospital Santa Rita, importante sem dúvida alguma, é uma etapa de ampliação, não de início. Reduzir todo o esforço já realizado a um simples contrato é desinformar o leitor e minar a credibilidade do jornalismo local.

📣 O papel da imprensa

Em um momento onde a população busca informações corretas, o papel da imprensa responsável é informar com precisão, checar dados e ouvir os dois lados. Fomentar o debate público com base em verdades e não em suposições é o que diferencia o jornalismo profissional da mera especulação digital.

A crítica construtiva é bem-vinda e necessária, mas deve estar embasada na realidade. O compromisso com a ética, a transparência e o interesse público deve estar acima de interesses editoriais duvidosos.

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